sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Deprimido (( Facundo Cabral ))

Não está deprimido, está distraído.

Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia, golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.

Não caia como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão me conheço, o que é fundamental para viver.

Não faça o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.

Não está deprimido, está distraído.

Por isso acredita que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não é dono de coisa alguma. Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possa voar mais alto, para que alcance a plenitude.

Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção.

E não esqueça, que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração.

Não existe a morte, apenas a mudança.

E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, Santo Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.

Faz apenas o que ama e será feliz. Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural.

Não faça coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor.

Então terá plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque é movido pela força natural da vida. A mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.

Deus te tornou responsável por um ser humano, que é você. Deve trazer felicidade e liberdade para ti mesmo.

E só então poderá compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.

Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo".

Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.

Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não for feliz, estará levando amargura para todos os teus vizinhos.

Um único homem que não possuiu talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.

Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo.

Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.

E se está doente podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas: se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas)

Se você vence, serás mais humilde, mais agradecido... portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.

Não está deprimido, estás desocupado.

Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.

Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.

Dá sem medida, e receberá sem medida.

Ama até que se torne o ser amado; mais ainda: converte-te no próprio Amor.

E não se deixe enganar por alguns homicidas e suicidas.

O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.

Uma bomba faz mais barulho que uma caricia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.

Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva. Porém Ele te dá força para cada dia, consolo para as lágrimas e luz para o caminho.

Não … não está deprimido … está distraído!

Eu Desisto... (( Thais Cadorim ))

Eu desisto... É isso mesmo, entreguei os pontos, não dá mais, acabou.

Essa frase soa com tanta força, não é?

Mas é verdade, eu desisti mesmo; de um monte de coisas...

Desisti de reclamar de quem não quer aprender. Decidi me concentrar em quem quer...

E se você olhar bem direitinho, perto de você tem um monte de gente sedenta de conhecimento.

Desisti de tentar emagrecer para ser igual a todo mundo.

Resolvi ter o peso que eu devo ter, por uma questão de saúde, por uma questão de bem estar. Só isso.

Desisti de tentar fazer com que as pessoas pensem do jeito que eu gostaria que elas pensassem.

Achei melhor buscar respeitar o outro do jeito que ele é.

Imagina se o mundo fosse feito de milhões de pessoas iguais a mim... Seria um tormento!

Desisti de procurar um emprego perfeito e apaixonante.

Achei que estava na hora de me apaixonar pelo meu trabalho e fazer dele o acontecimento mais incrível da minha vida, enquanto ele durar.

Desisti de procurar defeito nas pessoas.

Achei que estava na hora de colocar um filtro e só ver o que as pessoas têm de melhor.

Defeito todo mundo acha, quero ver achar qualidades em quem parece não tê-las.

Desisti de ter o celular mais “psico-tecno-cibernético” do mercado.

Agora eu só quero um telefone, pra falar.

É muito frustrante comprar o mais novo modelo e dias depois ver que ele já foi superado.

É pra isso que a indústria trabalha.

Aproveitei o gancho e apliquei o conceito também a outros produtos: relógio, computador, máquina fotográfica, carro.

Desisti de impor minha opinião sobre tudo.

Decidi que de agora em diante vou ouvir todas as opiniões, mesmo as contrárias, e vou tentar tirar proveito de cada uma delas.

É mais barato compartilhar as opiniões do que brigar pra manter só uma.

Desisti de ter tanta pressa. Tudo na vida tem seu tempo, e se não acontecer, não era pra acontecer.

Não quer dizer que eu vou “deixar a vida me levar” e parar de correr atrás do que eu acredito, mas não vou me desesperar se eu perder o vôo.

Sei lá o que vai acontecer com o avião...

Desisti de correr da chuva.

Tem coisa mais bacana que tomar banho de chuva?

Há quanto tempo você não sente aquele cheiro de terra molhada?

E se o resfriado chegar, qual o problema? Não vai ser o primeiro nem o último.

Desisti de estudar por obrigação. Agora eu faço da leitura um momento de prazer...

Cadeira confortável, pezão pra cima, um chocolate quente, minha gata ronronando do lado.

Os livros agora ficaram menores e mais fáceis, mesmo que seja a CLT ou a NBR 9004.

Desisti de buscar uma planilha de indicadores toda verdinha.

Os índices são assim mesmo, às vezes melhoram, às vezes pioram. Isso é o mundo real.

Eu não vou deixar de fazer a gestão sobre eles, mas decidi que não vou mais sofrer por isso.

Bons ou ruins eles devem gerar aprendizado e isso é o mais importante.

Desisti de trabalhar para fazer o meu sistema da qualidade ser perfeito.

Eu prefiro mantê-lo sob controle, funcionando, ajudando as pessoas, ajudando os processos, dando resultados, mesmo que aos poucos.

Com essa filosofia eu ganhei um monte de parceiros, ao invés de cultivar inimigos.

Se eu fosse você, desistia também...

Tem um monte de coisas que você faz, carrega e sente, que não precisa...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Princípio do Vazio (( Joseph Newton ))

Você tem o hábito de juntar objetos inúteis, acreditando que um dia (não sabe quando) vai necessitar deles?

Tem o hábito de juntar dinheiro sem gastá-lo, pois imagina que ele poderá faltar no futuro?

Tem o hábito de guardar roupas, sapatos, móveis, utensílios domésticos e outras coisas que já não usa há muito tempo?

E dentro de você?…Tem o hábito de guardar raivas, ressentimentos, tristezas, medos e outros sentimentos negativos?

Não faça isso! Vai contra a tua prosperidade! É preciso deixar um espaço, um vazio para que novas coisas cheguem à tua vida.

É preciso se desfazer do inútil que há em você e em sua vida para que a prosperidade possa acontecer.

A força deste vazio é que atrairá e absorverá tudo o que deseja.

Se acumular objetos e sentimentos velhos e inúteis não terá espaço para novas oportunidades.

Os bens necessitam circular. Limpe as gavetas, os armários, o depósito, a garagem. A mente.

Doe tudo aquilo que já não usa. A atitude de guardar um monte de coisas inúteis só acorrenta a tua vida.

Não são só os objetos guardados que paralisam a tua vida. Este é o significado da atitude de guardar: quando se guarda se considera a possibilidade de falta, de carência.

Acredita-se que amanhã poderá faltar e que não haverá maneira de suprir as necessidades.

Com esse pensamento você envia duas mensagens ao seu cérebro e à sua vida: a de que não confia no amanhã; e que o novo e o melhor NÃO são para ti.

Por isso você se alegra guardando coisas velhas e inúteis! Até o que já perdeu a cor e o brilho…

Deixa entrar o novo em tua casa e dentro de você!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Felicidade Neste Mundo (( Allan Kardec ))

Quando a maioria dos homens estiver imbuída dessa idéia, quando professar esses princípios e praticar o bem, disso resultará que o bem se imporá sobre o mal neste mundo; que os homens não procurarão mais se prejudicarem mutuamente; que eles regularão suas instituições sociais para o bem de todos, e não em proveito de alguns; em uma palavra, compreenderão que a lei da caridade ensinada pelo Cristo é a fonte da felicidade, mesmo neste mundo, e basearão suas leis civis sobre a lei da caridade.

A constatação do mundo espiritual que nos cerca, e de sua ação sobre o mundo corporal, é a revelação de uma das potências da Natureza e, por conseguinte, a chave de uma multidão de fenômenos incompreendidos, tanto na ordem física como na ordem moral.

Quando a ciência tiver se inteirado desta nova força, desconhecida para ela até este dia, retificará uma multidão de erros provenientes do fato de atribuir tudo a uma causa única: a matéria.

O reconhecimento desta nova causa nos fenômenos da Natureza, será uma alavanca para o progresso, e produzirá o efeito da descoberta de um agente todo novo.

Com a ajuda da lei espírita, o horizonte da Ciência se alargará, como se alargou com a ajuda da lei da gravitação.

Quando os sábios, do alto de sua cátedra, proclamarem a existência do mundo espiritual e sua ação nos fenômenos da vida, infiltrarão na juventude o contra-peso das idéias materialistas, ao invés de predispô-la à negação do futuro.

Nas lições de filosofia clássica, os professores ensinam a existência da alma e suas atributos segundo as diferentes escolas, mas sem provas materiais. Não é estranho que agora, que essas provas chegaram, elas sejam repelidas e tratadas de supersticiosas por esses mesmos professores? Não é dizer aos seus alunos: nós vos ensinamos a existência da alma, mas nada a prova? Quando um sábio emite uma hipótese sobre uma questão científica, ele procura com zelo, acolhe com alegria, os fatos que podem fazer dessa hipótese uma verdade; como um professor de filosofia, cujo dever é provar aos seus alunos que eles têm uma alma, trata com desdém os meios de lhes dar uma demonstração patente?

(( Allan Kardec - Texto do livro "O que é o Espiritismo" - FEB ))

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Paciência É Como Um Rio

“Não empurre o Rio, pois ele vai correr no seu próprio tempo”.

Em se tratando de evolução, é interessante encarar o tempo como um Rio.

O tempo não deve ser medido cronologicamente, como fazemos hoje, mas sim em termos de lições apreendidas em nosso caminho para a imortalidade.

Portanto não tente empurrar o Rio do tempo: Você só vai se desgastar e vai derramar água inutilmente.

Quer dizer, você tanto pode se debater na correnteza, quanto fluir com ela serenamente.

A impaciência rouba nossa alegria, nossa paz e nossa felicidade .

Queremos porque queremos, e queremos tudo aqui e agora, pois somos muito imediatistas.

Isto nunca foi tão evidente quanto no século XXI.

Mas as leis que regem o Universo não são assim. As coisas só acontecem quando estamos prontos.

Antes de nascer, vislumbramos a paisagem do que será nossa vida, mas a esquecemos depois do nascimento, e vivemos apressados, preocupados em corrigir tudo na hora.

Seria importante que como adultos, reconhecêssemos que existe um tempo certo e o outro errado.

Por que alguém apareceu na sua vida agora e não há dois anos atrás?

Porque na verdade tudo tem o seu tempo certo.

Se fosse anteriormente seria o tempo errado.

A chave de tudo é a paciência psicológica, muito mais ainda do que a paciência física.

O tempo, como medimos, pode passar rápido ou devagar.

Meia hora de um bom papo com um amigo passa voando.

Mas quando você está parado no engarrafamento de trânsito, é uma eternidade.

Se internalizarmos o tempo como o Rio infinito que é, a impaciência desaparece.

Você já deve ter ouvido muitas vezes, pessoas dizerem, que não desejam morrer agora, pois que possuem ainda muitas coisas para fazerem.

Mas na verdade terão um tempo finito, para fazer o que precisa que seja feito, muito embora este tempo possa ir ao infinito, se levarmos em consideração, o longo dos tempos.

A paciência está relacionada à compreensão, porque quanto mais você compreende uma pessoa, uma situação ou uma experiência ou a você mesmo, menos chance vai ter de reagir impulsivamente e se ferir, ou ferir alguém.

Muitas das vezes alguém é impaciente com você, pelo estreito relacionamento que existe entre ambos, porque talvez com uma pessoa mais estranha, não teria esse tipo de comportamento.

Se você gritar, responder asperamente, não vai resolver a situação, e muito pelo contrário, vai agravá-la ainda mais.

Seja paciente e procure compreender as dificuldades que o outro está passando, e que só desabafou com você, pois isso não teria condições de ser feito com um estranho.

Aí entra sua astúcia para descobrir a causa da raiva que o levou àquela situação, e poder ajudá-la.

Se sua resposta for paciente e você entender que havia uma razão oculta por trás da explosão, fica mais fácil restaurar harmonia.

É preciso habilidade para se distanciar, para ter uma perspectiva mais ampla, para ter paciência.

A meditação e a contemplação estão sempre a serviço da paciência, porque nos ajudam a guardar distância.

À medida que você desenvolve a capacidade de manter a calma, a introspecção e a capacidade de ouvir, a paciência se desenvolve.

Se você treinar sua paciência, vai perceber a importância dela, e progredir no caminho da imortalidade.

Às vezes você precisa ver o futuro, para então reconhecer plenamente o poder da paciência.

(( Recebi da Rita... Se alguém souber a autoria por gentileza me informe para eu postar aqui ))

Laços de afeto (( Mário Quintana ))

Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... Uma fita dando voltas.

Enrosca-se, mas não se embola. Vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.

É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.

E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...

Devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.

Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.

E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.

Ah, então, é assim o amor, a amizade, tudo que é sentimento.

Como um pedaço de fita enrosca, segura um pouquinho,

Mas pode se desfazer a qualquer hora,

Deixando livre as duas bandas do laço.

Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.

E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.

Então o amor e a amizade são isso...

Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.

Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A paz que trago em meu peito (( Momento Espírita ))

Na vida, não vale tanto o que temos, nem tanto importa o que somos. Vale o que realizamos com aquilo que possuímos e, acima de tudo, importa o que fazemos de nós! (( Chico Xavier ))

***

A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia...

Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.

Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.

A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...

Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou...

Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.

Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que veem e boca que diz palavras que constroem.

Ter paz é ter um coração que ama...

Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que em suas águas se espreguiçam...

Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.

Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer...

Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade...

É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...

Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...

A paz que hoje trago em meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições.

É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos...

É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo.

É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra.

É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.

A paz que hoje trago em meu peito é a confiança Naquele que criou e governa o Mundo...

A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a elas tiver oferecido.

* * *

Às vezes, para manter a paz que hoje mora em teu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio.

Lembra-te de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes.

Quando alguém está irritado.

Quando a maledicência te procura.

Quando a ofensa te golpeia.

Quando alguém se encoleriza.

Quando a crítica te fere.

Quando escutas uma calúnia.

Quando a ignorância te acusa.

Quando o orgulho te humilha.

Quando a vaidade te provoca.

O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.


(( Texto Redigido pela equipe Momento Espírita ))